Ninguém sabe ao certo o que provoca esta
doença, mas os cientistas têm várias teorias.
Endometriosis--still an enigmatic disease. What are the causes, how to diagnose
it and how to treat successfully? Szamatowicz M. Gynecol Endocrinol. 2008
Oct;24(10):535-6.
Uma das teorias é a genética: Os médicos sabem, por exemplo, que a
endometriose tem algo familiar. Se a sua mãe ou irmã tem endometriose,
suas chances de ter a doença é seis vezes maior que em outras mulheres.
Outra teoria é a da menstruação retrógada. Uma mulher durante sua
menstruação teria parte do seu sangue menstrual (endométrio) eliminado
não pela vagina, mas forçado através das trompas para o peritônio
(dentro da pélvis). Este tecido transplantado depois cresce fora do
útero.
Muitos investigadores pensam um sistema imunológico deficiente
desempenha um papel importante na endometriose. Nas mulheres com a
doença, o sistema imunológico não consegue encontrar e destruir tecido
endometrial fora do útero, levando ao seu crescimento. Além disso, um
estudo recente mostra que transtornos no sistema imunológicos chamados
de doenças auto-imunes (quando o sistema de defesa ataca os próprios
tecidos) é mais comum em mulheres com endometriose. Mais pesquisas nesta
área podem ajudar os médicos a entender e tratar melhor a
endometriose.
Uma coisa porém é certa. A endometriose está ligada aos estrogênios, que é o
hormônio feminino principal.
Metaplasia significa mudar de um tipo de tecido normal para outro tipo de tecido normal. Foi proposto por alguns que o tecido endometrial tem a capacidade, em alguns casos, de substituir outros tipos de tecidos fora do útero.
Alguns pesquisadores acreditam que isto acontece no embrião, quando o útero está ainda em formação. Outros acreditam que algumas células de adultos mantêm a capacidade que tinham em fase embrionária para se transformar em tecidos reprodutivos.
Esta teoria foi promovida pelo Dr. John Sampson, em 1920. Ele supunha que o tecido menstrual flui para trás através das trompas de Falópio (chamado de "fluxo retrógrado") e se deposita nos órgãos pélvicos. No entanto, há pouca evidência de que as células do endométrio podem realmente se depositar nos órgãos pélvicos e crescer. Anos mais tarde, os pesquisadores descobriram que 90% das mulheres têm o fluxo retrógrado. Mas desde que a maioria das mulheres não desenvolvem a endometriose, alguns médicos concluíram que qualquer outra coisa (talvez um problema no sistema imunológico ou disfunção hormonal), pode ser o gatilho para a endometriose. No entanto, até hoje, esta é a teoria mais aceita. Evolving spectrum: the pathogenesis of endometriosis. Jensen JR, Coddington CC 3rd. Clin Obstet Gynecol. 2010 Jun;53(2):379-88.
Estudos demonstraram que parentes de primeiro grau de mulheres com esta doença têm mais probabilidade de desenvolver endometriose. E quando há uma ligação hereditária, a doença tende a ser pior para a próxima geração.
Fragmentos do endométrio podem viajar através dos vasos sanguíneos ou do sistema linfático para outras partes do corpo. Isto pode explicar como a endometriose acaba em locais distantes, como pulmão, cérebro, pele ou olhos.
Algumas mulheres com endometriose parecem apresentar defeitos ou disfunções imunológicas determinadas. Se isto é uma causa ou efeito da doença não se sabe.
Alguns estudos têm apontado a fatores ambientais como contribuintes para o desenvolvimento da endometriose, especificamente relacionado à maneira como as toxinas no ambiente tem um efeito sobre os hormônios reprodutivos e de resposta do sistema imune, embora esta teoria não foi provada e continua a ser controversa. Dioxin and endometrial progesterone resistance. Bruner-Tran KL, Ding T, Osteen KG. Semin Reprod Med. 2010 Jan;28(1):59-68. Epub 2010 Jan 26. Review.
Copyright © 1997 - 2018,
Revisto e Atualizado em
20 jan 2018 , Dr. Sérgio dos Passos
Ramos, criador e autor de
Gineco.com.br a
maior página de saúde feminina no Brasil |
Nós aderimos aos princípios da carta HONcode.
Verifique aqui.